segunda-feira, 15 de junho de 2009

Ocuparte deixa prédio da Biblioteca Municipal

Após um ano ocupando o prédio da Biblioteca Municipal de Imperatriz, o movimento Ocuparte deixa o espaço por meio de um acordo firmado com a prefeitura.

As exigências para que o movimento desocupasse a biblioteca foram a contratação de vigilantes para o local e a restauração do prédio, tornando o ambiente de utilidade pública. A ordem para desocupar a biblioteca faz parte da ação de reintegração de posse solicitada pela prefeitura em 2008. O movimento aceitou a decisão judicial após estabelecer acordo com o poder público.

A representante do Ocuparte, Lilia Diniz, disse que os artistas estão saindo sem provocar danos à biblioteca, pois o movimento tem essa característica de ocupar espaços para a arte. Lilia afirma também que os ocupantes sabem das suas responsabilidades e desde o início tentaram fazer a sua parte, mas a prefeitura não cumpriu o acordo, por isso o movimento não deixou antes o espaço.

Para Lilia, este não é o fim do Ocuparte, porque eles continuarão tendo a mesma postura que sempre tiveram, a de defender a cultura de Imperatriz. Ressalta que a ocupação não pode ser limitada, não é só ocupar espaço físico, mas também o imaginário das pessoas.

Durante o período de ocupação da biblioteca municipal, foram realizadas exposições e cursos artísticos, o que serviu como uma grande escola para os vinte artistas do Ocuparte, pois tiveram a oportunidade de desenvolver novas técnicas e de vivenciar a arte que produzem.

O movimento participou do ano da França no Brasil, realizado em São Luís, e propagou a idéia de ocupar com arte influenciando um grupo de Brasília, que passou a ter o mesmo objetivo.

A ocupação da Biblioteca Municipal é o segundo movimento cultural de maior expressão já ocorrido na cidade. Há vinte anos um grupo de artistas ocupou o teatro municipal e reivindicou o espaço para os próprios artistas.

Em Imperatriz, não existia a lei de proteção ao patrimônio. O Ocuparte levou o projeto de lei à Procuradoria e a proposta foi aprovada. As conquistas fazem com que Lilia Diniz afirme que a comunidade é a maior beneficiada com a mobilização dos artistas.


Da redação, Larissa Fernanda para o Rádio Repórter.

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