quinta-feira, 21 de maio de 2009

Desabrigados criticam estrutura do Parque de Exposição Lourenço Viera da Silva

Por Alanna Guimarães



Os desabrigados que estão no Parque de Exposições Lourenço Vieira da Silva, em Imperatriz, se queixam do espaço reduzido e dos constantes alagamentos no local. A água escoa para o interior dos abrigos e danifica os poucos bens que as famílias ainda possuem. Outra preocupação são as doenças ocasionadas pelas chuvas.
Cerca de sessenta famílias que deixaram suas casas em função da cheia do Rio Tocantins estão alojadas no parque de exposições. Mas alegam que não há banheiros suficientes para todos e os poucos que existem estão em péssimas condições. A falta de transporte é outra reclamação. Há um ônibus doado pela prefeitura para levar as crianças às escolas, mas o benefício não foi estendido aos trabalhadores, que não conseguem se deslocar para outros pontos da cidade.
A maior parte das famílias desalojadas mora na beira do Rio Tocantins. Os ribeirinhos deveriam ter saído do local no período da construção da Avenida Beira Rio. No entanto, as famílias alegam que receberam indenizações irrisórias e não tiveram condições de ir para outro lugar. A ribeirinha Francisca Lima afirma que seria um sonho para todos se o governo cumprisse com a promessa de retirá-los para um lugar seguro, onde pudessem ter uma vida digna. Para a moradora, as medidas tomadas pelo governo são paliativas, pois mesmo sabendo das condições precárias das famílias, as autoridades não tomam uma providência definitiva. Francisca Lima reclama ainda que na época de cheias do rio, o governo limita-se a prestar assistência médica às famílias e a entregar cestas básicas, sopões, gás e filtros de água.
Não há previsão para o retorno dos ribeirinhos às suas casas na beira do rio. A prefeitura não divulgou datas por conta das fortes chuvas que ainda caem em Imperatriz.

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